Reflexões – dia 01
Hoje consegui acordar sem despertador minutos antes do horário a que havia me proposto. Sempre uma guerra mental antes de sair da cama…Contigo também?
“está muito frio. vou levantar pra fazer o que? eu nem me programei pra nada. posso até levantar, mas pra academia eu não vou. hmmm mas tomar um cafezinho vai bem né!? vou levantar e tomar um café. E se minha filha acordar? vou levantar em vão. certeza que ela vai acordar e vou ter que voltar pra cama. É sexta-feira, não acordou cedo a semana inteira, vai querer fazer algo só hoje? Ah f*da-se, vou levantar.” Levantei! Fiquei muito feliz.
Levantei, coloquei água esquentar – eu adoro o ritual de passar café – enquanto isso dei uma organizada na casa, em coisas que não fizessem muito barulho. Passei meu café, esquentei meu leite, fui para meu escritório sem saber muito bem o que fazer.
Escolhi um livro, resolvi escrever uma lista de coisas para um desafio pessoal de 30 dias. Coisas básicas e poucas. Tentativa de retomada de uma rotina que me fazia muito bem e feliz e que abandonei há cerca de um mês e alguns dias por causa de uma gripe avassaladora rs…
Enfim que comecei a ler um capítulo…sobre convivência, sobre relacionamento, amizade, sobre a inconstância dos pensamentos e ações. “Compreende-se hoje alguma coisa e amanhã já não vive-se mais a mesma compreensão, não havendo assim segurança nas ações, nos pensamentos e consequentemente nas relações, sejam elas quais forem”…consequentemente também não há construção de um futuro, pois “se pensa sempre que o tempo ou os fatos do futuro podem modificar as atuais compreensões e reflexões”.
Fala também sobre o ser humano ser constituído de fragmentos e estar sempre em busca dos fragmentos que lhe faltam. Primeiramente me questionei ‘quais são os fragmentos que me faltam?’ ‘O que estou buscando nessa vida?’ ‘Como posso evoluir?’, mas depois me dei conta que antes de buscar o que me falta, preciso saber o que possuo. Não faz sentido focar naquilo que me falta sem antes saber o que existe em mim. Não só saber que existe, mas aprender a cuidar e cultivar o que existe.
Dentre outros tópicos que eu poderia citar, fala também sobre o quanto nós esperamos das outras pessoas…”Em geral, cada um espera, se não tudo, pelo menos noventa por cento dos demais, parecendo-lhe ainda muito esses dez por cento que põe de sua parte” e “Valoriza-se muito mais o que se dá do que o que se obtém e, naturalmente, isso promove uma constante luta de apreciações, porque é lógico que, em tal situação, as partes que atuam não julguem o fato na mesma medida”.
Deste último, pensei nas minhas relações. Quão ativa sou nas minhas relações familiares e de amizade? O quanto eu espero do meu companheiro? O quanto minha noção de felicidade (e consequentemente de frustração) está atrelada ao que os outros fazem por mim? O quanto eu valorizo o que os outros fazem por mim?
Mais uma vez, como muitas das conclusões que eu cheguei nesses meus 35 anos de vida, penso que todas estas questões poderiam ser resumidas à nossa mente, à forma como ela funciona, como nós aprendemos a ver e viver nosso mundo interno e o quão flexíveis e adaptáveis somos para mudarmos o que vemos e vivemos internamente.
Há alguns anos me dei conta de que tudo o que eu vivo externamente é resultado do que cultivo em meu mundo interno. Sigo em uma busca constante de conhecimentos que me levem cada vez mais para dentro de mim.
Aqui é tipo sala de terapia…O tempo de reflexão é limitado, poucas são as respostas que a gente encontra e muitos são os questionamentos que a gente leva…
Até a próxima ;*